terça-feira, 26 de abril de 2005

Escritor semi-inspirado procura escritora transpirada

Escritor com um quarto de inspiração para partilhar procura escritora transpirada para dividir a renda de um blog em remodelação constante.

Responder para este endereço.

Agora sei o que escrever

Caros leitores:

A falta de inspiração foi chão que já deu uvas;
Não há fome que não dê em fartura;
A escrita é como as cerejas, quando escrevemos um texto não conseguimos parar.

Pois somados todos estes pressupostos, garanto-vos que o meu bloqueio cabou, pelo menos para já e durante esta semana vou voltar a atazanar-vos o juízo, com mais pérolas discursivas, daquelas que já me caracterizam.

Até lá leiam os outros blogs.

Miguel de Terceleiros

segunda-feira, 4 de abril de 2005

Não sei que mais escrever III

É desesperante tentar escrever e não nos vir nada à cabeça. Escreves e riscas logo a seguir. Escreves, riscas, escrevesriscas, que merda que borrão!!!!!!!
Desculpas… pedes uma cerveja. Bebes, bebes, bebes até que os teus sentidos se embotam e começam as ideias a fluir. Precisas é de um calço mental para poder deixar que tudo que está dentro de ti saia a bem.
Começas a rir, primeiro por dentro e depois gargalhas, metralhas tudo à tua volta, agarram-te pelos colarinhos e põem-te na rua.
Para além de não conseguires escrever também não consegues falar. Só consegues rir, rir, rir, rir, rir e começas a lavar-te em lágrimas, de tanto rir e não conseguir parar.

Não sei que mais escrever II

Ao contrário do que era usual, tudo o desconcentrava.
Uma criança de colo chorava e a mãe teimava em não o acalmar. Com a indiferença no olhar continuava a falar com a amiga e de quando em vez soltava um “o raio da criança não se cala” e continuava na sua estagnação de espírito que já lhe advinha da nascença. A estupidez momentânea, que passa por toda a gente sazonalmente, por álcool, sono ou distracção, até é aceitável e ludibriável, mas a congénita, nem pena se deve ter, não há solução e ponto final.
Cansou-se de observar aquela estupidez de cavalgadura e dirigiu a sua atenção para o papel em branco que devia encher-se de letras. Aquela alvura gritava-lhe aos olhos e deixava-o louco. Quanto mais olhava menos ideias lhe vinham à cabeça.