quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Sei que a minha cura é a minha desgraça. É irónico que o que me preserva o corpo me está a destruir o espírito.

Mesmo estas palavras que agora escrevo, são concedidas para lhes fazer a vontade; não tenho garantias que isto faça parte dos planos deles, mas o mais certo é que assim seja.

Sei que a informação que contenho é por demais importante para cair no esquecimento. Custa-me escrever, porque algo dentro de mim me impede.

A verdade teima em sair, indo contra todas as formas de controlo e fico contente e triste ao mesmo tempo. Esta bipolaridade dá cabo de mim aos poucos, mas não me deixa definhar, é por isso que os admiro.

Não consigo mais guardar isto só para mim e revelarei a verdade para que cada um se possa proteger da maneira que souber.