E sempre foi estranha a relação incontida e insuficiente que espreitava entre momentos frequentes. Sempre lhe estivera enraizada na memória a inevitabilidade da proibição da mistura laboral/amorosa.
Os dias eram agradáveis e deixavam, no entanto, algo (muito) a desejar. Olhava para ele com olhos de desejo que combatia com o misto de amoródio.
Joana-Alta, trabalhava na área das finanças. Conhecia Miguel-Moreno, como um número, mais um do rol dos trabalhadores independentes.
A concentração de irídio definia a polivalência do indivíduo e Miguel-Alto, tinha-o em enormes quantidades, e não deveria ser contido nas gaiolas da obrigação.
Concentração de irídio no sangue definia possibilidades físicas fora da média, presente nos melhores desportistas.
Joana-Alta, tinha irídio na carteira, em lado nenhum do corpo, só nos acessórios, e não se interessava minimamente pelos Iridas-Positivos – a educação causara-lhe isso.
Uma anomalia financeira na folha de pagamento de Miguel-Moreno, fez com que tudo mudasse.
2 comentários:
Que bela descrição. Tu tens andado um bocado preguiçoso. Será influência dos laranjinhas? ;-)
Abraço
Quem me dera ter um pouo mais de irídio no sangue...
Abraço
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