sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ontem

Foi como se tivesse acordado de um pesadelo e, na realidade, os suores e a cama fria indicavam que assim tinha sido.

De olhos fechados para o tecto, tentava recolocar as peças do pesadelo nos sítios certos. Certo, certo é que se sentia esgotada, e a necessitar de um café com extrema urgência.

Levantou-se até à cozinha, desenhando no seu íntimo dois tipos muito fortes a carregá-la a braços. Um deles exalava um hálito podre, capaz de fazer desmaiar um rinoceronte; o outro era como que familiar mas em simultâneo não se enquadrava em nenhum cenário.

O indivíduo do mau hálito tossiu-lhe para cima e segredou-lhe, com a boca carregada de bactérias, que não tardava nada e ela ia sentir-se como nunca se havia sentido antes.

Enjoada?!
Enojada já estava e o enjoo viria por acrescento.

2 comentários:

Maria João Resende disse...

Que bom, ler-te de volta!
Só espero que 'ela' sobreviva ao mau hálito, para continuares a história ... ou não!

purita disse...

voltou dos mortos...benvindo