sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Rua 5

E foram pacientes até que não se contiveram mais. Passavam a noite a produzir o amor e a manhã a discutir o que iam lendo. Ele alimentava-a com o que ia escrevendo e ela alimentava-lhe a inspiração com o que sentia. Ela chamava-lhe Garfield, porque só comia, dormia e escrevia. Raras eram a vezes que saía de casa. Os textos para a revista da faculdade mandava-os por Email, o tabaco chegava-lhe a casa pelas mãos dela e o amor compelia-o a fazer exercício, o melhor dos exercícios.

Passavam a vida a rir e eram felizes com a vida que tinham.

Ela gabava-lhe a inteligência e ele gabava-lhe o corpo. Valera a pena a espera, o troféu por que tanto esperara estava ali nos seus braços, para sempre, pelo menos julgava ele. Mas o ser humano é um ser muito estranho e toda aquela felicidade começou a fazer-lhe confusão. Voltou aos seus antigos contactos e começou a sair à noite.

Na altura o Grupo frequentava um dos mais conhecidos tascos da cidade.

6 comentários:

Periférico disse...

A Felicidade fez-lhe confusão, ou tirou-lhe a inspiração?;-)

Um abraço e bom fim-de-semana

Freddy disse...

Ele queria era pinocada... E constante... Como sempre!

mjm disse...

(Há muito de voyeurismo na literatura, não é?) :)
um peq remark: essa personagem masculina a quem baptisaste de Miguel tem um discurso oral assim tão rebuscado?! humm...

Humor Negro disse...

isto continua?
para que quero eu saber do Grupo?

Anónimo disse...

mau... agr q isto caminhava p'ró final feliz.... apararece um Grupo....
p'los vistos vou ter q esperar p'ra dar a minha opinião global....
truz. fui.

Lúcia disse...

familiar....