Estavam a fumar drogas do peso da insustentável leveza do ser.
Não. Estavam a fumar drogas do peso da alma, aproximadamente duas dezenas de gramas mais uma.
No Brasil grama é relva, mas não era relva o que fumavam, era erva e de boa qualidade, que o cheiro que vêm destas páginas é bom.
-Também quero - diz o narrador, mas já não sobra nada.
Desloca-se ao Coffee shop mais próximo e compra um saquinho, transparente e cheiroso.
- Anacronias é que não - debita o editor - Então esta história não se passa em 1790?
- Passa, mas estou a falar do narrador, e ele pode muito bem estar no presente em Amesterdão. Eu é que sei.
- Ok, mas acho que o produto assim não vende.
... compra um saquinho transparente e cheiroso, senta-se na esplanada ao lado do Hotel, na Herengracht e fuma.
Pensa no que pode mais narrar.
Pensa!
1 comentário:
Por muito leves que sejam, a fumá-las há tantos dias o narrador ainda dá cabo dos sneurónios. E eu que estava cheia de curiosidade para lhe descobrir os pensamentos ...
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