Eram duas e trinta e cinco, quando um homem aparentando trinta anos, entrou no Hotel dos Templários em Tomar.
Dirigiu-se à recepção e depois de algumas palavras trocadas em inglês, pegou num pacote e na chave do quarto e dirigiu-se ao elevador. Dois minutos depois encontrava-se no quarto e vieram trazer-lhe uma garrafa de Martini.
Do seu quarto, que estava localizado numa das esquinas do hotel, tinha uma vista para a vila e para o castelo. Puxou uma das poltronas para a janela e serviu-se de meio copo. Olhou para o telemóvel mas este não correspondeu à expectativa.
Afinal que raio é que estava a fazer ali, pensou. É claro que não era todos os dias que uma desconhecida lhe ligava a propor uma coisa daquelas mas também não era todos os dias que ele se prestava ao que estava prestes a fazer.
Bebeu mais meio martini e tirou um cigarro. O telemóvel tocou e ele foi abrir a porta depois de atender.
À porta estava uma loira nórdica, que vestida de uma forma muito relaxada lhe perguntou num inglês perfeito, em forma de confirmação, o seu nome. Ele tentou mandar uma piada mas o humor nunca tinha sido o seu forte.
Cinco minutos depois a misteriosa rapariga saiu do hotel e ele estupefacto continuou agarrado à sua garrafa e ao tabaco.
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