Entrei encostei-me ao balcão. Um rapaz moreno está parado junto à casa de banho a fixar qualquer coisa, que do angulo onde me encontro, não me permite perceber o que é. Espera aí! É aquele que há bocado estava a tentar irritar aquela tia da Foz, que me deu um encontrão com aquela carteira horrorosa, cujo nome não consigo pronunciar. Entro na casa de banho. Deixá-lo ir.
Começo a ouvir a conversa das duas tipas que estão ao meu lado. Se as julgasse pela aparência, nem sequer me dava ao trabalho de ouvir. A mistura de cores que comportam nos seus pequeninos corpos faria o arco-íris corar de vergonha. Com um ar muito pseudo-intelectualóide vão comentando a música. Até sabem umas coisinhas...O rapaz sai da casa de banho, passa disparado e senta-se na mesa vazia até agora, cheia com um livro, um maço de tabaco, um Zippo prateado e o indispensável telemóvel. Pede uma cerveja com sotaque do Norte. Tem pinta. Veste bem, com um estilo original e percebe-se que sabe que está bem, embora só. Espera. Alguém o está a observar, para além de mim, até é capaz de ter piada...
CONTINUA
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