Olho agora para o casalinho. O Jack deixou-me assentar ideias. Rio-me com a cena. Ela levanta-se e vem na direcção da mesa dele. Ele fica branco, confundindo-se com a tela do projector que está por trás dele. Ela diz-lhe qualquer coisa, e ele, vendo uma rosa vermelha na mão dela, percebe que há uma terceira pessoa. O espanto volta a instalar-se, agora na face dela, olham para mim e eu, muito naturalmente, sorrio e pisco-lhes o olho. Sentam-se e começam a conversar com um sorriso nos lábios. Parecem parvinhos nervosos, mas que é que se há-de fazer? Três minutos depois, o barman, que me deu as rosas e me advertiu que aquilo não era uma florista, põe-me uma garrafa de Jack Daniel’s à frente com os cumprimentos do casalinho.
Sou mesmo podre, o que eu não faço por uma garrafa de bourbon.
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