terça-feira, 12 de julho de 2005

O Congro



Nada um gajo a vida toda para acabar nisto!


Este fim-de-semana, estando eu a partilhar umas garrafas de vinho com o meu pai e os meus irmãos, o meu progenitor, contou uma história, digna de registo, que se passou em Viana do Castelo com uma peixeira.

Quando falamos ou ouvimos falar de peixeiras, ficamos, automaticamente, com aquela imagem pré definida da broeira que trabalha nas bancas do Bolhão e dá beijinhos aos políticos – não sei se eles gostam de ficar lambuzados e com os ouvidos em ferida “ò dôtore que gosto taunto de u ber na telebisom” (ler com voz esganiçada) – e descansem que não vos vou desiludir, as peixeiras de Viana são iguais às de todos os outros sítios.

De facto, até acho que as de Londres devem ser feitas do mesmo bloco, só com um sotaque mais polido e afectado “my lord, do you want some badejo?!” – não faço a mínima ideia como se traduz isto para inglês – ou então “we have some fresh rodovalho, do you want it sire?”. Estes peixes têm cada nome…

Voltando ao que interessa. Esta ilustre representante da classe dos vendedores de peixe, entrou numa acesa discussão com um homem, não se sabe muito bem porquê, e no auge da discussão – depois da acção que vou narrar a seguir não houve mais argumentos – a senhora não tem mais nada, e saca de um congro, qual taco de basebol qual quê, e pimba, grande cacetada no pobre desgraçado, estendendo-o no meio do passeio (passeio ou paçeio) no meio do alcatrão.
O atingido, quando recuperou da agressão e da vergonha – abalroado por um peixe e agredido por uma mulher – resolve instaurar um processo em tribunal.

O Sr. Dr. Juiz e os advogados que acompanharam o processo devem ter-se borrado a rir com tão insólita situação, e quando chegou a altura da leitura da sentença, ainda mais se devem ter rido as pessoas que acompanhavam o processo.

O Juiz absolve a agressora, porque o Congro não se enquadrava em nenhum tipo de arma conhecida!
Já estou a ver o juiz “Bem só se eu a condenar por agressão com arma preta” e a engasgar-se com o riso.

Não sei se a história é real ou não, mas que me fartei de rir com isto lá isso fartei.
Se quiserem agredir alguém façam-no com um peixe!

9 comentários:

Hugo Brito disse...

Eu, quando dá para a intolerância, saco sempre do atum...em lata.

Anónimo disse...

A mim contaram-me aquela da senhora que cheirou um carapau e fez um trejeito de enjoada.
Disse a peixeira à senhora
Que foi minha senhora ! O carapau bufou-se ?

hmscroius disse...

Tiraste-me uma posta, mas aceito esta. É uma história do caralho!

Poor disse...

é bem possível que o resultado tenha sido esse!:)

Anónimo disse...

Quando quiser agredir alguém sem ser condenado já sei como fazer!!!

Miguel de Terceleiros disse...

Hugo: Sangacho também resulta!

Adriano: ehehehehehehe!

Dr. Croius: Podes sempre escrever a tua versão dos factos!

Miguel de Terceleiros disse...

Amie: tu deves perceber de leis...

Galecius: aproveita, porque há aí muita gente que precisa de levar com um congro no focinho!

armando s. sousa disse...

Aqui na zona quando se está com os copos disse "estás como um Congro", provavelmente a senhora só lhe quis fazer um desenho, que não o estava para aturar.
Um abraço.

Miguel de Terceleiros disse...

Armando: e que grande desenho lhe fez!
Abraço