"Beer an lamp" Rich Bach
Toca o telemóvel. Miguel pisca no display. Ela põe em silêncio e considera não atender.
“É melhor atender… afinal gosto do cheiro dele.”
"E dos peitorais".
Ainda hesita e pensa: "Será que estou pronta para isto?!"
Atende e geme-lhe ao ouvido o desejo de estar com ele. Com experiência na voz desculpa-se (nas entrelinhas) da hora das sms. Não é de hoje nem de um passado recente, é a continuação do que deveria acontecer.
A relação sempre foi frugal, demais para o seu gosto. Estivera alheada dele muitas vezes. Era uma relação estranha: conheciam-se há muito tempo mas nunca nada se concretizara. A provocação foi sempre uma constante: olhares profundos a meio milímetro de distância, lábios quase a tocar-se, as auras a tocar-se (o calor das bocas não dirigido aos ouvidos mas à outra boca, como se a comunicação não necessitasse de mais nada, só de contacto).
Uma noite em que estavam juntos nestes jogos algo aconteceu: ele consegue exprimir por palavras o que lhe corria nas veias como um rio de lava. Ardia de desejo físico e intelectual e resolvera fazê-lo naquele momento em que todas as suas baterias anímicas se encontravam no máximo da carga.
Miguel pensava com o seu ziper: “Hoje consigo tudo o que quiser. Dois crofts no bucho e não há quem me pare!”
No ambiente de fumo ela estava indescritível mas os olhos azuis diziam:
- Presente.
Miguel intrometeu-se entre ela e a cerveja. Cuspiu palavras secas e confessou que tinha companhia. Como se nada fosse, a mão dela deslizou para o rabo dele e sentiu a firmeza de muitos quilómetros percorridos.
- Sabes que sempre foste a minha mulher fetiche?! Que pergunta estúpida! Claro que sabes, é impossível disfarçar, muito embora eu ande a tentar deixar de ser m livro aberto que se lê de trás para a frente e depois se rasgam as páginas.
- Qual é a relação disso com a minha mão?!
- Nenhuma, apeteceu-me.
Com a mão a tremer, Miguel segura no telefone e propõe uma garrafa de vinho e uma "pasta".
7 comentários:
Leio depois de arrumar livralhada... isto está pesado... para mais de 30 quilos.... Abraço ;)
É para ganhar carago!!! até os comemos!!!! ;) Abraçola
então era esta a história que tinhas para me contar e que te trouxe recentemente à terra dos 3 p's...
eu conhecia uma história parecida, mas com personagens diferentes e sem a mão no rabo...
um abraço e boa sorte para o desfecho
glúteos rijos...
isto é peitorais, é nádegas, é cheiros... mmmm....és um adido em anatomia! mas, enfim... quem não o é?! faz parte da nossa natureza, eternos animais subjugados por concepções moralistas que só dão problemas estarmos ligados nossa anatomia e à(s) anatomia(s) que nos rodeiam... ao menos és fiel à tua anatomia...
beijo...
Três ou quatro coisas:
Nos peitorais, qual o tamanho? O teu sim, sempre te quis dar um sutien, mas nunca soube o teu tamanho! :D:D
Nos glúteos, quantas vezes tiveste a sofrer para ir à sanita? Assim sim, cria-se massa rija!!! :D:D:D
No coração ficou uma passagem inesquecível e viciante, é a alma da paixão a fumegar e a mutar-se naquela coisa estranha em formato bombeante... ;)
Abraço
PS: Vê lá, até já lhe acho piada só por causa disso!
A mão dela deslizou para o rabo dele? E ele deixou? Era a casa da mãe Joana?
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