"A persistência da memória" Salvador Dali - 1931
- Um princípe por favor.
A noite foi longa e o melhor para curar uma ressaca é uma cerveja fresquinha.
- Pode ser sagres?
- Ainda bem que disse essa palavra em minúsculas. Se não tem cerveja já podia ter dito.
- Temos Super Bock de garrafa, diz o empregado com o sorriso nº7 (mais um que não gosta de Sagres).
- Traga lá a Super, mas sem copo.
É religioso, para não dizer fanático, na questão das cervejas: ou Super Bock ou então nada.
A noite foi longa e o melhor para curar uma ressaca é uma cerveja fresquinha.
- Pode ser sagres?
- Ainda bem que disse essa palavra em minúsculas. Se não tem cerveja já podia ter dito.
- Temos Super Bock de garrafa, diz o empregado com o sorriso nº7 (mais um que não gosta de Sagres).
- Traga lá a Super, mas sem copo.
É religioso, para não dizer fanático, na questão das cervejas: ou Super Bock ou então nada.
Com tantos caminhos para escolher e vai sempre pelo campo minado. Já está pronto a roer os braços mas precisa deles para beber e fumar. Apalpa o bolso e certifica-se que tem a chave das algemas.
“Lá vem ela. Respira fundo; conta até dez; não custa nada, já fizeste isto um cento de vezes.”
Tenta dar-lhe um beijo na boca mas Miguel diverge o gesto para dois enquanto dispara:
- Olá.
- Bem disposto?
- So, so.
- Olha, não tenho muito tempo hoje por isso este café – faz o olhar nº 51: Já estás a beber cerveja – vai ser curtinho.
- Calha bem que hoje tenho muito que fazer; tenho que acabar umas cenas para poder ir de férias.
- Ainda bem…
- E por falar em tempo, esqueceste-te disto no meu quarto.
Estende-lhe as algemas cronográficas suíças em versão skin.
- Nem tinha reparado. Sabes, tenho tantos relógios…
“Ai não que não tinhas reparado, pensas que sou burro ou quê?!”
- Costumas ver o Seinfeld?
- Costumo, porquê?
- Por nada.
Na cabeça de Miguel: George Constanza a esquecer um objecto no quarto das “one night standers” para ter desculpa para repetir o encontro.
- Bem vemo-nos por aí.
“Pleonasmo simpático” pensa ela e responde:
- Ok.
- Tenho mesmo que ir.
Miguel levanta-se, paga no balcão e vai à luta.
“Lá vem ela. Respira fundo; conta até dez; não custa nada, já fizeste isto um cento de vezes.”
Tenta dar-lhe um beijo na boca mas Miguel diverge o gesto para dois enquanto dispara:
- Olá.
- Bem disposto?
- So, so.
- Olha, não tenho muito tempo hoje por isso este café – faz o olhar nº 51: Já estás a beber cerveja – vai ser curtinho.
- Calha bem que hoje tenho muito que fazer; tenho que acabar umas cenas para poder ir de férias.
- Ainda bem…
- E por falar em tempo, esqueceste-te disto no meu quarto.
Estende-lhe as algemas cronográficas suíças em versão skin.
- Nem tinha reparado. Sabes, tenho tantos relógios…
“Ai não que não tinhas reparado, pensas que sou burro ou quê?!”
- Costumas ver o Seinfeld?
- Costumo, porquê?
- Por nada.
Na cabeça de Miguel: George Constanza a esquecer um objecto no quarto das “one night standers” para ter desculpa para repetir o encontro.
- Bem vemo-nos por aí.
“Pleonasmo simpático” pensa ela e responde:
- Ok.
- Tenho mesmo que ir.
Miguel levanta-se, paga no balcão e vai à luta.
3 comentários:
Que coisa tão suburbana de afectos!!!
Raio de personagem essa, ó Terceleiros!
;)
Area 51 / Olhar 51 :D :D
Código Águia para falcão de penas chamativas mas sem garras:
Área a bombardear 50'23''
Area de férias 342'45' isso sim era giro :D:D
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